Últimas Notícias:

Vidrado e esmalte são a mesma coisa, apenas duas nomenclaturas diferentes para a capa vítrea (com ou sem cor) que recobre a superfície do corpo cerâmico, conferindo-lhe cor, impermeabilização e resistência. Os vidrados são compostos por materiais fundentes, refratários, modificadores e colorantes.

Preparamos um vídeo ensinando o passo a passo para você preparar o seu esmalte para aplicação com pincel: Clique aqui para assistir! PREPARO DO ESMALTE: 3 medidas de esmalte em pó 2 medidas de água 1 medida de CMC preparado (gel) Inicie com o pó, adicione água e misture bem até que fique homogêneo. Se necessário, passe essa mistura em uma peneira. Então adicione o CMC e misture. A consistência ideal deve ser como de um iogurte líquido. Se estiver muito espesso, adicione água aos poucos. APLICAÇÃO: 3 a 4 demãos de esmalte com pincel de cerdas macias.

PARA APLICAÇÃO COM BANHO/IMERSÃO OU COMPRESSOR: Preparo do esmalte com água para banho ou imersão Clique aqui para assistir! 100g de esmalte em pó de 85ml a 100ml de água, quando a absorção da peça está controlada. A consistência ideal da mistura para banho é como a de um leite um pouco grosso.

SIM! Nossos vidrados não contêm chumbo em sua composição, então podem ser aplicados em utilitários e peças que vão ao forno convencional, microondas e máquina de lavar louça. Não recomendamos colocar a peça em contato direto com o fogo/chama.

São esmaltes que apresentam efeitos, manchas, cristais, etc - ao contrário dos vidrados que tem acabamento mais uniforme. Todos os nossos esmaltes (no catálogo & loja virtual) são catalogados por nível de reatividade, conforme a legenda: Θ - Esmalte estável: cobertura uniforme e sem efeitos. ∆ - Pouco reativo: base uniforme com efeito variável de pintas. ∆∆ - Semi reativo: apresentam nuances de cor e fluidez suave. ∆∆∆ - Reativo: apresentam nuances de cor mais intensas, fluidez, efeitos de borda e resultados surpreendentes.

Se o vidrado ficou com aspecto áspero e opaco, provavelmente ele não fundiu durante a queima. Será necessário queimar de novo na temperatura recomendada. No caso dos esmaltes que apresentam acabamento mate e acetinado, é importante verificar após a queima que a superfície está lisa e lustrosa, com um toque macio e sedoso. Recomendamos que você utilize cone pirométricos para monitorar o trabalho térmico que o seu forno está realizando, nem sempre a temperatura indicada no painel indica o trabalho térmico que o forno está realizando.

Geralmente bolhas nos vidrados são consequência de camadas excessivamente espessas ou excesso de temperatura durante a queima.

Porque a capa vítrea do esmalte derrete e volta a endurecer durante a queima, e se ela entra em contato com qualquer superfície (seja a placa refratária, parede do forno ou outra peça) vai grudar e causar danos à peça e ao forno. É importante limpar bem as faces da peça que entram em contato com outras superfícies durante a queima.

Os processos químicos que ocorrem no forno à gás (queima redutora) são diferentes dos que ocorrem no forno elétrico (queima oxidante). No caso da queima a gás, há a produção de monóxido de carbono que, ao entrar em contato com os óxidos metálicos da argila e do esmalte, retira deles oxigênio, interferindo em suas cores e mudando os resultados.

O CMC - Carboximetilcelulose - é um produto utilizado originalmente na indústria alimentícia (principalmente em confeitaria), mas que para nós ceramistas funciona como uma “cola” no preparo do vidrado - no caso de aplicação com pincel. Ele auxilia na pincelada, tornando a consistência do vidrado mais fluída e ainda aumenta a aderência do esmalte na peça, prevenindo eventuais lascas que acontecem no manuseio e transporte das mesmas.

Utilize a medida de 1 colher de sopa de CMC em pó para 1L de água morna e bata no liquidificador. Confira esse vídeo no nosso canal para aprender a preparar o CMC: https://youtube.com/shorts/4Tijy8Grsng

O CMC preparado dura em torno de 30 dias, quando armazenado em local fresco e sombreado. Recomendamos armazenar na geladeira, ele pode durar até mais de 30 dias, é importante avaliar a viscosidade do líquido, que deve se assemelhar com álcool gel. O CMC degrada mais rapidamente em ambientes quentes, portanto mantenha-o longe do forno, de preferência na geladeira para durar mais.

Recomendamos sempre verificar a validade determinada na embalagem.

A duração do esmalte preparado vai depender da cor que você está usando, mas geralmente dura em torno de 30 dias. Até cerca de 30 dias é só misturar e usar novamente, depois disso você pode jogar fora o líquido que ficou na superfície e adicionar CMC preparado (na mesma medida do líquido descartado) no fundo decantado até obter a textura desejada novamente. Confira neste vídeo como recuperar esmalte decantado.

O Veículo Hidrossolúvel é um composto à base de xarope de glucose que tem a mesma função do CMC: auxiliar na pincelada, tornar a consistência do vidrado mais fluída e aumentar a aderência do esmalte na peça, prevenindo eventuais lascas que acontecem no manuseio e transporte das mesmas.

É só misturar o veículo hidrossolúvel com o esmalte em pó. A proporção recomendada é de 70 a 80ml de veículo hidrossolúvel para cada 100g de esmalte. Essa solução só serve para ser aplicada com pincel e não para banho e imersão.

Sovamos a argila antes de começar a modelagem para eliminar qualquer bolha de ar da massa, melhorar sua plasticidade e uniformizar a sua umidade. Bolhas de ar resultam em surpresas desagradáveis durante a queima, como rachaduras, explosões e danos irreparáveis para as peças. Confira este vídeo sobre maneiras de sovar a argila: https://youtu.be/zgTCbVEDP0w

Depende muito da técnica que você vai escolher para construir as suas peças. Mas todo mundo deve ter, além de argila, uma superfície para trabalhar (de preferência revestida com tecido de algodão), esponja para acabamentos e estecas de acordo com a sua necessidade. Aqui nesse link ensinamos como montar seu ateliê (apresentando espaço & ferramentas) num local pequeno.

As peças podem empenar por vários motivos. Normalmente isso acontece quando a secagem é muito rápida, o que faz com que a peça perca água muito rapidamente. Argilas muito plásticas tendem a ter um índice de retração alto, então é importante que a secagem seja feita lentamente, para que as moléculas de água saiam aos poucos evitando que a peça entorte. Também costumamos dizer que a argila tem memória, então se a sua peça não foi manuseada corretamente desde o início do processo (sova e modelagem) pode ser que as partículas da massa se mantenham desorganizadas, o que pode resultar em empenamento e imperfeições - o que é comum quando trabalhamos com a técnica de placa. Uma maneira de diminuir as chances de ter peças empenadas, principalmente no caso de pratos, é trabalhar com massas cerâmicas com chamote.

O chamote é uma cerâmica que já foi queimada e depois moída e peneirada, apresentando grão fino, médio ou grosso. As massas cerâmicas com chamote apresentam mais resistência a seco e ao choque térmico e um nível menor de retração tanto na secagem quanto na queima. Existem fornecedores que já formulam suas massas com chamote, mas ele também pode ser comprado separadamente e adicionado à massa. Sugestão de proporção: 10% de chamote.

Não. As peças de cerâmica devem ser queimadas em fornos específicos, pois requerem temperaturas que o forno doméstico não atinge. A argila só vira cerâmica a partir de cerca de 600°C, mas são necessárias temperaturas ainda mais altas para que a peça crie resistência e reduza a porosidade antes das próximas etapas.

Apesar de algumas pessoas queimarem peças utilitárias em baixa temperatura, as peças queimadas em alta temperatura apresentam mais resistência e menos porosidade - características importantes para as cerâmicas utilitárias que entram em contato com alimentos e são lavadas com frequência.

A sinterização da massa cerâmica ocorre quando a mesma vitrifica internamente e retrai até atingir a menor porosidade possível. Cada massa tem uma temperatura de sinterização, o ideal é consultar diretamente com o fabricante.

Depende da temperatura em que a massa cerâmica que você está usando sinteriza. A maioria dos ceramistas que produzem peças utilitárias utiliza temperaturas entre 1220°C e 1300°C. Antes de escolher uma massa e o vidrado, leve em consideração que ambos devem ser compatíveis com a temperatura de queima desejada.

Os cones pirométricos são utilizados para controlar o processo da queima cerâmica. Eles são indicadores da relação de tempo e temperatura dentro do forno. A maneira com que o cone derrete vai indicar se a temperatura do forno está subindo de acordo com o tempo planejado. Para utilizar o cone, costumamos colocá-lo em uma base de argila. Quando a temperatura desejada é atingida, a extremidade superior do cone toca na base: uma curva de queima adequada resulta num cone curvado perfeitamente, o que chamamos de “unha de gato”. Se ele derrete meio tortinho é sinal de que algo na queima está descontrolado: hora de regular e calibrar o forno! É importante lembrar que os cones só podem ser utilizados uma única vez.

O patamar varia de acordo com o resultado desejado e a energia que chega ao seu forno dependendo da instalação elétrica, por isso o ideal é sempre fazer testes e verificar com o fornecedor do forno.

É possível realizar o processo sem esmaltar e pintar com tinta acrílica somente para peças de fins decorativos (vasos, esculturas, etc). Para peças com fins utilitários (que entram em contato com comida, água quente, etc) é necessário seguir este processo para que as mesmas fiquem mais resistentes e impermeáveis.

O valor da queima é calculado de acordo com o espaço que as peças ocupam no forno. No caso dos pratos, que são peças mais largas, o espaço ocupado geralmente é maior - logo o valor também. Por exemplo, 1 prato de jantar ocupa no forno o mesmo espaço do que 10 xícaras pequenas de café.

Existem massas próprias para serem utilizadas em chama direta, mas geralmente as peças de cerâmica artística e artesanal não são apropriadas para tal. Os vidrados e massas que comercializamos na Casa do Ceramista não são próprios para irem direto ao fogo, mas podem ser utilizados em fornos convencionais e microondas.

Técnica decorativa em que são aplicados desenhos com tintas-corante sobre uma peça biscoitada. Em seguida, aplica-se um esmalte transparente, preferencialmente com borrifador manual ou compressor elétrico sobre o desenho e a peça é queimada. Para peças decorativas e desenhos mais detalhados, recomenda-se a queima de baixa temperatura e, para os utilitários recomenda-se uma queima de alta temperatura (1220 - 1240°C). A tinta-corante pode ser utilizada como uma aquarela, produzindo nuances de cor e efeitos de luz e sombra através de diluição com o pincel molhado e sobreposição de camadas. Os materiais para esta técnica começam com pincéis de diferentes formatos e tamanhos, de acordo com o detalhamento do desenho; uma paleta de tintas/godê com um pouco de água; e um esmalte transparente.

Técnica decorativa que consiste na aplicação de um esmalte branco sobre uma peça biscoitada e posteriormente uma pintura com tintas-corante. Para peças decorativas e desenhos mais detalhados, recomenda-se a queima de baixa temperatura e, para os utilitários recomenda-se uma queima de alta temperatura (1220 - 1240°C). A tinta-corante pode ser utilizada como uma aquarela, produzindo nuances de cor e efeitos de luz e sombra através de diluição com o pincel molhado e sobreposição de camadas. Os materiais para esta técnica começam com pincéis de diferentes formatos e tamanhos, de acordo com o detalhamento do desenho; uma paleta de tintas/godê com um pouco de água; e um esmalte branco ou ou qualquer esmalte claro e estável.

Sim! As Tintas Corantes da Casa do Ceramista são formuladas com corantes minerais que suportam baixa e alta temperatura. No caso de desenhos mais elaborados recomendamos ter cuidado com queimas de alta temperatura, onde o vidrado derrete mais e pode acarretar em perdas na precisão das linhas.

A melhor maneira é aplicar com um compressor elétrico ou pulverizador manual, mas com banho/imersão também funciona - lembrando sempre de tomar cuidado com movimentos bruscos para não borrar a pintura.

Sim. Tanto corantes minerais quanto óxidos e carbonatos podem ser utilizados para colorir massas, mas é necessário estar atento à proporção ideal para que a mesma não perca a sua plasticidade. No caso dos óxidos, é importante lembrar que alguns são fundentes, o que pode baixar o ponto de fusão da massa cerâmica. Se você se interessa por esse assunto, aproveita que temos um Curso Online de MASSAS COLORIDAS completinho pra você aprender as proporções corretas para colorir suas massas com corantes minerais. Acesse a aba CURSOS ONLINE na barra superior e confira!

As argilas são materiais naturais extraídos do solo, enquanto as Massas Cerâmicas são formulações que utilizam argilas e outros minerais em sua composição e passam por processos específicos de tratamento. Apesar de apresentar plasticidade suficiente para formação do corpo cerâmico, a argila pura carece desses minerais que são adicionados às Massas Cerâmicas para aumentar a resistência, controlar a porosidade e ponto de fusão, ajustar a plasticidade, sinterizar corretamente, etc.

Sim, inclusive as massas cerâmicas comercializadas são retiradas da natureza, porém recebem um tratamento especial e adição de minerais que a tornam própria para o trabalho com a cerâmica artística, para que ganhem plasticidade e aguentem melhor as altas temperaturas.

As argilas e massas cerâmicas não tem validade quando armazenadas corretamente: em local fresco e protegido da luz e envolvida por plástico grosso bem fechado para não haver circulação de ar e perda de umidade. De qualquer maneira, caso a massa cerâmica seque e perca a plasticidade, é possível hidratá-la e reutilizar.

As argilas e massas cerâmicas sofrem retração durante a secagem e queima. Se houver alguma fissura, bolha ou resíduo orgânico (areia, folhas, restos de madeira - bem comuns no caso das argilas naturais que não passaram por processos de tratamento) na peça, ela pode apresentar rachaduras por causa dessa retração. Além disso, falhas no manuseio e nos processos de construção da peça também podem acarretar em rachaduras (lembre-se: a argila tem memória!). Argilas muito plásticas tendem a ter um índice de retração alto, então é importante que a secagem seja feita lentamente, para que as moléculas de água saiam aos poucos evitando que a peça apresente rachaduras.

Não. As argilas de tratamento dermatológico são formuladas com componentes químicos próprios, que não estão presentes nas massas cerâmicas e são necessários para criar resistência e solidez nas peças.

A diferença entre cerâmica e porcelana está na composição da massa. Com grande resistência, a massa cerâmica costuma ser mais pesada e ter maior porosidade que a porcelana após queimada. A Porcelana se difere da cerâmica principalmente pela característica de não possuir porosidade e ter aspecto vítreo, além da isenção de sonoridade. Isso deve à sua composição, que contém caulim, quartzo e feldspato.

A recomendação é consultar sempre o fabricante, mas se você quiser fazer o seu próprio teste de retração é possível. Você pode criar uma plaquinha da argila desejada e traçar uma linha com 10cm de comprimento. Após a queima é só medir o tamanho final desta linha e calcular a porcentagem de retração.